O aumento dos casos de dengue no Paraná levou o governo do estado a decretar estado de emergência em saúde pública no dia 14 de março deste ano. A iniciativa, cujo objetivo é reforçar as ações de combate ao mosquito Aedes Aegypti e seus focos de reprodução, tem duração de 90 dias. 

Segundo o informativo epidemiológico da Secretaria de Saúde do Paraná (Sesa), do último dia 19, tinham sido confirmados até então mais de 113 mil ocorrências da doença em todo território paranaense, com 60 óbitos - o documento é atualizado todas as terças-feiras. Ainda conforme o boletim, 345 municípios tiveram casos confirmados de dengue autóctone, ou seja, contraída dentro de suas divisas. A alta nos números da enfermidade já havia levado o governo estadual a criar, no início do mês, a campanha Paraná contra a dengue. 

Dentro desse cenário, foi realizado entre os dias 16 e 21 de março, um mutirão contra a dengue, que contou com a participação de diversas instituições, incluindo o Corpo de Bombeiros Militar do Paraná (CBMPR). Nesse período, a Corporação ampliou as atividades de prevenção em duas frentes, com vistorias de inspeção em quartéis do CBMPR e Postos de Bombeiros Comunitários em todo o estado, e com a participação em ações municipais de procura e limpeza contra a dengue.

No primeiro caso, o objetivo foi, com uma atuação minuciosa, eliminar eventuais pontos críticos de proliferação de mosquitos dentro das unidades; no segundo, auxiliar na mobilização das autoridades locais em ações contínuas de fiscalização e erradicação de focos do Aedes Aegypti. Como medidas preventivas, foram feitas ainda blitzes educativas, distribuídos panfletos e fornecidas informações ao público em geral.

É importante que a população também esteja atenta a locais com potencial de proliferação das larvas do mosquito. Qualquer objeto que possa conter água parada, mesmo que em pequena quantidade, representa perigo, tais como pneus velhos, garrafas, vasos de plantas, piscinas, vasilhas para alimentação de animais, caixas d’água, lixos e outros tipos de entulhos. Além de evitar a aglomeração de água, também é preciso limpar frequentemente esses itens, pois os ovos do mosquito duram por um bom tempo mesmo em locais secos. A reprodução do Aedes Aegypti é rápida e o tempo de vida do mosquito adulto é de cerca de 45 dias.

Os principais sintomas da dengue são febre alta; dores musculares intensas; dor ao movimentar o olhos; mal-estar generalizado; falta de apetite; dor de cabeça; e manchas vermelhas no corpo. Nesses casos é preciso buscar atendimento em hospitais ou postos de saúde.