O Corpo de Bombeiros Militar do Paraná (CBMPR) vem se notabilizando pela sua capacidade de pronta resposta a todo tipo de ocorrência, prestando auxílio diante de cenários desafiadores tanto dentro do território paranaense quanto fora das fronteiras do estado. Essa agilidade não depende apenas de uma logística organizada e estruturada, mas também de material humano especializado. Para ter sempre à disposição equipes qualificadas para esse tipo de atendimento especial, a Corporação desenvolve anualmente o treinamento de 90 bombeiros militares para compor a chamada Força-tarefa para resposta em desastres. E a preparação de mais uma equipe já está em andamento.

Desde a última segunda-feira (30), 30 bombeiros militares de Curitiba, Região Metropolitana, Litoral e Campos Gerais estão passando por instruções em cinco áreas de operação. A primeira, já finalizada, é em busca e resgate em estruturas colapsadas, que ocorre quando uma edificação desabafa e é preciso retirar vítimas dos escombros. As demais atividades que compõem o curso são: intervenção em áreas com deslizamento de terra, como ocorreu na BR-376 neste ano; enchentes e alagamentos, salvamento em águas rápidas; combate a incêndios florestais; e todos são preparados ainda para eventual corte de árvores. Esse aprimoramento tem duração de 15 dias e está sendo realizado em três grupos de 30 pessoas cada – um grupo concentrado em Curitiba, outro em Cascavel e um terceiro em Maringá. As turmas do interior devem começar no dia 20 de novembro.

Todos os bombeiros militares que são capacitados nessas áreas passam a ser integrantes da força de resposta imediata. Eles seguem com suas rotinas de trabalho normais dentro da Corporação, sejam operacionais ou administrativas, até que seja necessário mobilizar uma força-tarefa, que será formada por integrantes desse grupo. Na prática, são bombeiros que ficam em uma espécie de sobreaviso e que podem ser acionados para situações de emergência mais complexas.

Embora não seja possível prever com exatidão quando e em que cenários eles vão ser exigidos, já há um indicativo de que a próxima turma tenha que enfrentar pelo menos desafios climáticos. “Estamos formando 90 bombeiros que vão compor essa força-tarefa pelo próximo ano. Principalmente, esperando situações adversas por conta do El Niño, que já está ativo, e a gente já verifica essas alterações. Como, por exemplo, o mês de outubro, que já é o mês mais chuvoso de toda a história do Paraná, desde o início dos registros”, explicou o Major Ícaro Gabriel Greinert, comandante do Grupo de Operações de Socorro Tático (Gost), grupo responsável pelo treinamento.