Assembleia presta homenagem aos profissionais do Siate 22/06/2015 - 19:07

A Assembleia Legislativa homenageou nesta segunda-feira (22) o Siate – Serviço Integrado de Atendimento ao Trauma em Emergência, que está completando 25 anos de atuação. Durante a solenidade, realizada no Plenário por iniciativa dos deputados Ney Leprevost (PSD), Plauto Miró (DEM), Tercílio Turini (PPS) e Mauro Moraes (PSDB), foram entregues menções honrosas a profissionais que ajudaram a implantar e desenvolver o Siate.
O presidente da Assembleia, deputado Ademar Traiano (PSDB), destacou que a homenagem é uma forma de reconhecimento público ao excelente trabalho desenvolvido em todo o estado pelo Siate. Já Leprevost lembrou que o Siate é uma das instituições mais respeitadas pela comunidade, devido ao competente trabalho realizado em conjunto com o Corpo de Bombeiros e diversas outras instituições públicas. “O Siate pode ser considerado um verdadeiro ‘Anjo da Guarda’ das vítimas de traumas que precisam de atendimento de urgência e emergência”, declarou. “O mais importante é a vida preservada, o atendimento no momento certo para evitar a morte e reduzir sequelas, além da segurança que as equipes do Siate transmitem quando chegam num local de acidente”, acrescentou.
O coordenador estadual do Siate pelo Corpo de Bombeiros, major Edson Manassés, um dos homenageados, destacou que o Siate do Paraná acabou virando uma marca de referência nacional em qualidade no atendimento ao trauma. “Nossas equipes são bem treinadas e possuem um padrão de trabalho, ou seja, o mesmo método de atendimento realizado em Paranaguá será encontrado em Foz do Iguaçu”. Na opinião dele, é muito importante este reconhecimento tanto para a instituição quanto para o sistema e para os próprios socorristas, que se esforçam diariamente para salvar a vida de pessoas vítimas dos mais diversos acidentes.
O médico Vinícius Augusto Filipak, um dos primeiros profissionais a atuar no Siate, falou na tribuna em nome dos homenageados, destacando que o serviço preencheu uma lacuna no atendimento pré-hospitalar e melhorou as condições de socorro às vítimas. “Em casos de urgência e emergência, cada minuto é decisivo para se salvar uma vida. Além de aumentar as chances de sobrevivência do paciente, o socorro imediato e eficiente reduz o risco de sequelas e ainda diminui o tempo de recuperação da vítima”, informou. Segundo ele, somente em Curitiba e Região Metropolitana foram atendidas mais de 300 mil ocorrências nestes 25 anos. Isso representa uma média de 60 atendimentos por dia, número que praticamente dobra durante os fins de semana. Quase 70% dos atendimentos dizem respeito a acidentes de trânsito. O deputado Tercílio Turini, que também é médico, igualmente enfatizou os avanços verificados com o surgimento do Siate: “Mudou a realidade do primeiro atendimento prestado às vítimas de traumas, com a redução dos índices de sequelas que se verificavam anteriormente”. Conforme Turini, hoje o serviço está estruturado em 52 municípios paranaenses, com equipes atuando de forma ininterrupta, “salvando milhares de vidas”, sublinhou.
Origem – Concebido no Paraná com base em uma experiência norte-americana, o Siate inaugurou em 1990 um novo modelo de atendimento pré-hospitalar no Brasil, dedicado ao resgate e assistência às vítimas de trauma, como acidentes de trânsito e violência interpessoal. Antes disso, não havia nenhuma estrutura pública especializada neste tipo de assistência. Quem precisava ser resgatado e encaminhado para a rede hospitalar após uma queda com múltiplas fraturas, por exemplo, tinha que ser transportado por conta própria e sem qualquer medida de primeiros socorros.
Hoje, em Curitiba, o tempo médio entre o acionamento do serviço pela Central 193 até a chegada da equipe do Siate ao local da ocorrência varia de 5 a 10 minutos. Disponível inicialmente apenas na Capital, o serviço foi expandido para outras cidades do estado, com uma frota de 113 ambulâncias. O trabalho é feito integrado com o Corpo de Bombeiros e as equipes atuam com abrangência regional. Na Capital o Siate utiliza em sua estrutura de operacionalização uma Central de Operações do Corpo de Bombeiros (COBOM), que dá suporte ao sistema na área de comunicações (como rádio, telefone e fax).

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