Militares do 9º Batalhão de Bombeiros são reconhecidos por ação heroica em Foz do Iguaçu 14/06/2024 - 15:23
Na manhã de terça-feira, 11 de junho, a Câmara de Foz do Iguaçu realizou uma Cerimônia de Entrega da Moção de Aplauso aos bombeiros Capitão William Cesar Ferrandin, Subtenente Irineu Fernandes Lemmertz e Soldado Gustavo Henrique Defendi da Silva.
A homenagem é uma forma de reconhecimento aos militares pelo heroísmo, profissionalismo e bravura em salvar a vida de um jovem, no dia 9 de março deste ano, que tentava cometer suicídio do alto de uma torre.
A homenagem foi uma proposição do presidente da Câmara, João Morales, que cumprimentou os homenageados e falou sobre o resgate: “Não tem dinheiro no mundo que pague o trabalho de vocês (bombeiros). Acredito que nessa situação, ao transformar o pensamento de suicídio e trazer o jovem de volta para a sociedade, vocês também olham para essa pessoa como um irmão, um filho, alguém muito querido. E lutam com todas as forças, tanto técnicas quanto psicológicas, para que ele não se entregue. Essa singela homenagem que a Câmara Municipal, por unanimidade, concedeu aos senhores, quer dizer o meu muito obrigado, que representa essa guarnição”, concluiu João.
Após os homenageados receberam as placas da Moção de Aplauso, o Capitão William Cesar Ferrandin, Comandante do 1° Subgrupamento de Bombeiros, agradeceu e discursou em nome dos três: “Após quatro horas de operação, pudemos encaminhar a vítima em segurança para unidade hospitalar. Foram horas extremamente tensas tentando estabelecer uma relação de segurança. Quero destacar o entusiasmo profissional, a resistência, a persistência e espírito de todos os militares envolvidos, além dos órgãos de apoio como Guarda Municipal e Polícia Militar. Em especial o Subtenente Lemmertz e ao Soldado Defendi, que subiram na torre colocando-se em situação de risco em prol do bem-estar da vida do jovem”, finalizou o Capitão William.
A OPERAÇÃO
A ocorrência durou cerca de quatro horas. Foi um período extremamente tenso, aonde os bombeiros estabeleceram uma relação de segurança com o jovem no alto de uma torre de telefonia de cerca de 60 metros.
O contexto da ocorrência, a história da vítima e a necessidade de uma grande capacidade de empatia, demandou dos militares habilidades além do conhecimento profissional, tornando este tipo de operação sensivelmente difícil para execução.
“Negociar” nestes casos, significa ingressar no mundo e na história da vítima, compreendendo uma vida repleta de sofrimentos, angústias, e também de vitórias.
Depois de horas lá em cima, e um vínculo criado, salvar aquela vida torna-se o objetivo absoluto da missão e o Corpo de Bombeiros teve sucesso em mais esta, cumprindo com o lema da Corporação: “Vidas alheias, riqueza a salvar”.